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Ciências ~> USP desenvolve material que evita danos a células sadias na radioterapia

Substância identifica a intensidade da radiação emitida por equipamentos.


Pesquisadores da USP em Ribeirão Preto (SP) desenvolveram um material capaz de identificar com precisão a intensidade de radiação emitida pelos equipamentos de radioterapia. O estudo, publicado esse mês em uma revista científica inglesa, deve tornar o tratamento contra alguns tipos de câncer mais seguro e eficaz.

O professor e orientador da pesquisa, Osvaldo Baffa Filho, explica que atualmente existem técnicas que ajudam os profissionais de saúde a calcular a quantidade de radiação emitida pelos equipamentos, de acordo com o tipo e a agressividade de câncer a ser combatido.
Apesar disso, muitas vezes os pacientes têm órgãos ou tecidos saudáveis afetados pelas ondas eletromagnéticas durante as sessões, causando queimaduras e destruição de células sadias, justamente porque os técnicos não conseguem “regular” os aparelhos com precisão.
“É diferente de fazer quimioterapia, em que você pega a dose de remédio, o paciente toma ou injeta, e você sabe o quanto está colocando. Na radioterapia você usa uma radiação ionizante que é invisível, e você tem que fazer com que essa radiação chegue até o tumor”, detalha.


 
O estudo começou há três anos e, nesse período, os pesquisadores desenvolveram um material composto por óxido de magnésio, acrescido dos elementos químicos lítio, cério e samário, capaz de acumular a radiação emitida pelos aparelhos de radioterapia.

“Essa tecnologia permite que a gente faça um filme, como se fosse uma chapa de raio-x, que vai mostrar qual a dose em cada ponto atingido pela radição. A gente vai conseguir fazer como se fosse uma fotografia em tempo bastante rápido, praticamente imediato”, diz.

Autor do estudo, o físico Luiz Carlos Oliveira afirma que o material já foi patenteado. O próximo passo é o desenvolvimento tecnológico, ou seja, buscar empresas que tenham interesse em transformar a substância em um produto comercial.

“Desenvolvemos a parte mais difícil, que é o elemento detector. Agora, cabe à indústria dar sequência. Com esse material faremos um controle de qualidade das máquinas. Então, verificar se o que foi planejado pelo médico realmente foi ou será entregue ao paciente”, afirma.

Material desenvolvido é capaz de identificar com precisão a intensidade da radiação emitida pelo equipamento (Foto: Maurício Glauco/EPTV)

Para o radioterapeuta Harley Francisco de Oliveira, professor da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão, a descoberta deve promover mais segurança ao tratamento radioterápico e qualidade de vida aos pacientes com câncer.

"O grande objetivo da medicina é levar a cura, sem os trantornos, os efeitos colaterais das toxicidades dos tratamentos e, principalmente, da radioterapia, que geralmente são reações sérias. Evidentemente, estamos promovendo benefícios a esses pacientes", afirma.

Para ver a fonte, clique aqui.


Comentário da Autora: A pesquisa deve tornar tratamento contra o câncer mais seguro e eficaz, salvando pessoas que realmente necessitam. Não contaminando os tecidos saudáveis, o tratamento de radioterapia será ainda mais utilizado e recomendado aos pacientes com câncer.

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Mundo ~>Venezuela adianta 30 minutos no relógio para economizar energia

Os venezuelanos adiantaram neste domingo (1º) 30 minutos em seus relógios, uma medida ordenada pelo governo de Nicolás Maduro para enfrentar a crise energética. No sábado (30), o governo, que enfrenta uma queda na popularidade, anunciou aumento de 30% no salário mínimo.
"A decisão que o presidente tomou é voltar ao fuso horário de quatro horas a menos em relação ao meridiano de Greenwich", que esteve vigente até 2007, anunciou o ministro para a Educação Universitária, Ciência e Tecnologia, Jorge Arreaza.
Às 2h30 da madrugada, hora local, os relógios foram adiantados meia hora, com o que agora a hora oficial é de quatro horas a menos em relação ao meridiano de Greenwich (-04H00 GMT).

Jesús Escalona, chefe da Hora Legal da Venezuela, explicou antes da mudança que o novo fuso horário será mudado de maneira sincronizada para garantir que os movimentos bancários ou a saída ou chegada voos, entre outros serviços, não se vejam afetados.
Curiosamente, a Venezuela havia atrasado sua hora em 30 minutos em 9 de dezembro de 2007, também para poupar energia, por ordem do então presidente Hugo Chávez, falecido em 2013. Essa mudança colocou o país no fuso horário de -04H30 GMT.
Esta nova mudança na hora legal faz parte de uma série de medidas do governo para reduzir o consumo elétrico na Venezuela, já afetada por cortes programados de energia de quatro horas, segundo um plano de racionamento que é aplicado em todo o país, e também por apagões inesperados de várias horas de duração.
O governo justifica os cortes de energia e outras medidas pela seca causada pelo fenômeno El Niño, afirmando que é a pior em 40 anos, e que esvaziou represas como a de El Guri, que fornece 70% da eletricidade da Venezuela.
As medidas para frear o consumo elétrico também incluem a redução da jornada de trabalho para o setor público a apenas dois dias por semana, e que as escolas só deem aulas de segunda a quinta.
Os centros comerciais também trabalham com horários restritos e devem gerar parte da energia que utilizam.
Descontentamento
A crise elétrica e de escassez generalizada aumentaram o descontentamento social contra o governo de Nicolás Maduro. Segundo as pesquisas, 60% dos venezuelanos são favoráveis a sua revogação.
Na semana passada, a oposição assegurou ter reunido quase 2 milhões de assinaturas em um primeiro passo para convocar um referendo revogatório contra Maduro previsto pela constituição venezuelana.
Em uma tentativa de acalmar a situação, Maduro decretou no sábado (30) um aumento de 30% no salário mínimo.
O bônus de alimentação, concedido a todos os trabalhadores e que pode ser usado em farmácias e supermercados, também subiu.
O aumento salarial incluirá o funcionalismo público, aposentados e militares.
Mesmo assim, a situação continua difícil para o país. Também na véspera, a maior cervejaria venezuelana, a Polar, paralisou desde sexta-feira todas suas operações pela impossibilidade de conseguir matéria-prima fundamental para a produção, confirmou um assessor de imprensa da empresa.
O fabricante já havia manifestado que não podia comprar divisas dentro do controle de câmbio fixado pelo governo desde 2003, e que por isso não tinha como importar cevada.
O acionista majoritário do grupo Polar, Lorenzo Mendoza, é acusado pelo presidente Nicolás Maduro de paralisar a produção como parte uma "guerra econômica" de empresários de direita para desestabilizar seu governo.
O governo afirma que essa "guerra econômica" é a responsável pela inflação de três dígitos (180,9% em 2015, segundo dados oficiais), escassez de dois terços dos produtos básicos e medicamentos, e uma contração de 5,9% da economia no ano passado.

Para ver a fonte, clique aqui.

Comentário da Autora: A proposta do presidente venezuelano é a mesma realizada no Brasil durante o famoso horário de verão: Adiantar o relógio, para diminuir os gastos de energia. E a iniciativa de exigir que centros comerciais produzam parte de sua energia utilizada deve ser uma ótima forma de poupar ainda mais energia.
Para ver a matéria sobre o horário de verão, clique aqui.


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