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Congelamento de jovem com câncer é autorizado pouco antes de ela morrer // Ciências - 4º bimestre

Adolescente pediu à Justiça para que seu corpo fosse preservado após a morte; ela tinha um sonho de ressuscitar com avanço da ciência

Congelamento de corpos é feito por empresas dos EUA e na Rússia
A justiça britânica autorizou o congelamento do corpo de uma jovem que apresentou um pedido pouco antes de sua morte por câncer, com o sonho de ressuscitar graças aos avanços da ciência, uma decisão legal sem precedentes no Reino Unido.
"Tenho apenas 14 anos e não quero morrer, mas sei que vou morrer", escreveu a jovem londrina em sua demanda.
"Acredito que ser preservada em criogenia me dá uma oportunidade de cura e de acordar, mesmo que seja em centenas de anos".
A jovem recorreu à justiça para assegurar que sua mãe, que apoiava a ideia, tivesse a última palavra sobre o destino de seu cadáver.
Os pais da garota estão divorciados e, inicialmente, o pai era contrário ao plano, mas durante o processo acabou por aceitar a ideia.


O juiz da Alta Corte Peter Jackson decidiu a favor da adolescente após uma audiência privada em outubro, cujo resultado foi divulgado nesta sexta-feira (18). A jovem pediu que nenhum nome envolvido no processo fosse identificado.

Pais congelam menina de 2 anos que morreu de câncer por esperança de fazê-la renascer
A adolescente estava muito doente para comparecer ao tribunal e faleceu pouco depois, mas tendo conhecimento da decisão favorável do juiz, de acordo com a defesa. O cadáver foi levado para os Estados Unidos, onde existem centros dedicados à conservação dos corpos com a esperança de que a ciência consiga ressuscitá-los algum dia.
"Não é uma surpresa que esta demanda seja a primeira deste tipo a chegar à justiça neste país, e provavelmente em qualquer outro", afirma o juiz Jackson em sua decisão.
"É um exemplo das novas perguntas que a ciência apresenta ao direito, talvez, mais do que qualquer outro, ao direito familiar", acrescenta Jackson.


O magistrado descreveu o caso como uma "combinação trágica" da doença de uma jovem e um conflito familiar, elogiando a coragem da demandante.

A filha não teve contato com o pai nos últimos oito anos de sua vida, mas ele expressou inquietação com o custos e as consequências de sua decisão.
"Mesmo que o tratamento tenha êxito e a devolva à vida, digamos, em 200 anos, poderia estar sem nenhum parente nem lembrar de nada", disse o pai ao juiz antes de terminar por aceitar a vontade da jovem.



Comentário da Autora: Com os avanços tecnológicos alcançados nos dias atuais, não duvido muito de que será realmente possível a realização do procedimento desejado pela menina. Pode demorar muito, mas talvez valha a pena. Um dos maiores problemas seriam como será efeituado o pagamento para a manutenção do corpo depois que os pais morrerem.

Para ver a fonte, clique aqui.

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