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Mundo -> Como Funciona uma Mina de Diamantes? (3° bimestre)

Como funciona uma mina de diamantes?


Na maioria dos casos, máquinas gigantes escavam em busca das pedras preciosas, que são separadas do cascalho pelo peso e identificadas por um sofisticado sistema de raios x. As minas são criadas em regiões com alta concentração de um tipo de rocha, denominado pelos geólogos de kimberlito. Esse material é formado pelo resfriamento do magma, que chegou até a superfície há milhões de anos, carregando elementos de regiões profundas da Terra. Feitos de carbono submetido a altíssima pressão, os diamantes foram forjados até 200 km abaixo da superfície há pelo menos 3 bilhões de anos.

O tipo mais comum de mina é o de poço aberto – como a representada no infográfico a seguir –, baseada na escavação do kimberlito, e a maioria delas está na África. No Brasil, a produção se concentra em minas formadas por erosão de kimberlito. As águas de rios e lençóis freáticos carregam pedras, que se concentram em áreas superficiais e passam a ser exploradas por mineradores. As 26 toneladas de diamante produzidas no mundo movimentam US$ 13 bilhões. O maior paí comprador é a China.
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  • Amaciando a terra
Após encontrar provas geológicas da presença de diamantes, os mineiros escavam o kimberlito. Mas a ferramenta deles não é picareta,eles colocam explosivos em buracos de até 17 m de profundidade feitos pela perfuradora. O objetivo é fazer a rocha dura virar cascalho.
  • Trio parada dura
Três máquinas gigantes fazem o trabalho pesado: a perfuradora abre buracos na rocha para a colocação de explosivos, a escavadora movimenta até 50 toneladas de rocha por minuto e o caminhão mineiro leva 100 toneladas de material para o beneficiamento.
  • Buraco fundo
Com o avanço da escavação, o poço fica mais afunilado, chegando a centenas de metros de profundidade e a quilômetros de largura. A maior mina de diamantes em operação, com 600 m de profundidade e 1,6 km de diâmetro na parte mais larga, é a Argyle Diamond, na Austrália.
  • Plano B
Quando a escavação afunila demais, é preciso cavar um túnel paralelo ao poço. Do túnel principal, partem túneis perpendiculares para extrair a rocha mais profunda. No subterrâneo, são usadas versões menores das máquinas empregadas na superfície.
  • Coisa fina
O material extraído da mina vai para o processamento. O cascalho é triturado duas vezes, lavado e peneirado. Em seguida, as pedrinhas – de 1,5 a 15 mm – vão para um tanque de flotação. As pedras mais pesadas, com potencial de ser diamantes, ficam no fundo e as mais leves são descartadas.


  • Catando milho
Uma máquina de triagem equipada com raios X identifica os diamantes. Ao rolarem na esteira e serem atingidos pela radiação, eles ficam fluorescentes. Um sensor registra essa luz e aciona um jato de ar, que separa o que importa do restante das pedras. Por último, é feita uma checagem manual.
  • Feitos para brilhar
 Cerca de 30% dos diamantes são gemas, ou seja, têm características ideais para se tornar joias: cor, claridade, tamanho e possibilidade de lapidação. O restante é usado na indústria para a produção de peças de corte, como brocas, discos, serras e bisturis. Como transmitem calor rapidamente, diamantes também são usados em termômetros de precisão.
  • VALE QUANTO PESA
Cada tonelada de terra extraída rende 1 quilate de diamantes (0,2 g)
  • Valor de mercado
Um caminhão carregado rende até 20 diamantes de 1 g. Pedras usadas em jóias valem, em média, US$ 1 mil/quilate. Para uso industrial, paga-se em torno de US$ 10/quilate.
  • Além do brilho
O valor do diamante é baseado em cor, claridade, tamanho e lapidação. Gemas azuis, laranja, vermelhas e rosa são raras. Brancas e amareladas são mais comuns (98% do total).
  • Jóia da coroa
O maior dos diamantes foi extraído na África do Sul em 1905. A pedra bruta tinha 3,1 mil quilates e foi lapidada em nove. As duas maiores (Cullinan I e II) foram dadas à realeza britânica.

- Em 1714, foi encontrado o primeiro diamante no brasil, em um garimpo de ouro próximo a Diamantina, MG.
- O diamante mais caro do mundo foi leiloado em Londres por US$ 46 milhões. O Graf Pink pesa 24,78 quilates e tem coloração rosada.

Em 2005, dois homens roubaram um diamante de uma joalheria em um shopping, no Canadá, usando um truque de mágica. Pediram para ver um solitário e, quando o funcionário virou a cabeça, trocaram por uma zircônia cúbica. Os seguranças do shopping encontraram os ladrões tentando aplicar o mesmo golpe em outra loja do shopping.

Em outra tentativa frustrada de roubo, um homem no Reino Unido embolsou um anel de diamante de 2 quilates, de US$ 16 mil, de uma joalheria e foi apanhado quando tentava vender a jóia para uma filial da mesma loja. A funcionária chamou os policiais enquanto o ladrão esperava pacientemente que ela pesasse o anel nos fundos da loja.

Mas os métodos mais comuns de roubos de diamantes geralmente passam totalmente despercebidos. Existe uma explicação por que muitas pessoas insistem em ficar observando enquanto um joalheiro faz reparos ou trabalha em peças preciosas: ele pode facilmente trocar um diamante por uma zircônia cúbica, ou um diamante perfeito por um imperfeito.

Em 2000, um joalheiro em Palm Beach foi para a cadeia por trocar diamantes verdadeiros por falsos quando eram levados para consertos. Ao todo, ele roubou mais de US$ 80 milhões em jóias de um grande número de vítimas (incluindo o jogador de golfe Jack Nicklaus). Contudo, joalheiros inescrupulosos não conseguem roubar um número tão grande de diamantes quanto os trabalhadores em minas de diamante.



Ao longo de toda a costa sul-africana, trabalhadores saem regularmente com milhões de dólares em pedras brutas. Como retiram diamantes agitando os pedregulhos do leito do mar, eles olham para ver se os guardas estão observando e, se não estão, colocam um ou dois embaixo das unhas. Depois, quando está mais seguro, eles os engolem, colocam-nos em algum buraco ou em pombos-correio. Um ladrão foi apanhado em Namaqualand quando um guarda viu um pombo-correio que não conseguia voar. O homem tinha colocado tantos diamantes no pombo que o animal não conseguia sair do chão.

Nos locais de trabalho, onde o solo fica salpicado de pequenos diamantes, os empregados usam botas com solas que grudam e caminham para fora da mina com diamantes colados nas botas. De Beers, o conglomerado de diamantes que administra as maiores operações legais na África do Sul, tira aleatoriamente raios-X dos trabalhadores na saída. Os diamantes fluorescem quando expostos aos raios-X. Mas, devido ao risco da exposição diária à radiação, a De Beers não pode fazer isso com freqüência; assim, muitos diamantes saem das minas, sem ninguém saber.

O roubo das minas é somente parte da vida na Costa do Diamante. A De Beers gasta milhões de dólares toda semana comprando diamantes roubados, assim eles não inundam o mercado prejudicando o preço. Estima-se que os trabalhadores roubam até 30% da produção das minas.Nessas cidades de mineração, é fácil vender um diamante roubado.



Mesmo com a vazão desses milhões, não são os ladrões silenciosos que realmente chamam a atenção e sim os roubos grandes e fascinantes, em que os ladrões saem caminhando com sacolas de diamantes em um espetáculo brilhante de paciência e planejamento.

Então, qual é o roubo de diamante mais inacreditável já registrado até hoje? Provavelmente, aquele no qual o ladrão usou seu charme para sair em segurança.


Comentário da Autora: Diamantes, predras presciosas lindas e antigas, admiradas no mundo todo por sua beleza. Apesar de serem caras, muitas mulheres usam diamantes nas ruas de hoje em dia.

Para ver a fonte, clique aqui ou aqui.

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